
Clio Operária
A Derrocada dos Seres Humanos
Robson J. Almeida*
A natureza de nós, seres humanos, não é tão distinta como dos animais primitivos, basta haver qualquer alarde que modifique a rotina de uma sociedade, para ela rapidamente se tornar egoísta ao ponto de excluir os mais necessitados. Há uma mentalidade na qual o ser humano foi inserido, uma hierarquia que a elite do atraso propagou através dos anos, com uma nefasta ideia de exclusão, onde qualquer sinal de empatia é uma fraqueza. O sistema deixa seu cidadão convicto que é normal; poucos com muito e muitos com pouco.

“Herbert Spencer, sociólogo fundador da teoria chamada darwinismo social, foi um defensor de uma ideologia que explicava a desigualdade, mas entre diferentes sociedades. Segundo o teórico, a miséria enfrentada por povos que habitavam os continentes do sul era explicada pelo baixo desenvolvimento intelectual e genético desses povos, em contraposição aos brancos europeus, que, segundo a sua teoria, eram superiores”.
Sabemos que a desigualdade social é evidente na maioria das sociedades que conhecemos, e carrega um histórico de racismo e exploração. Porém, ela é ignorada, pois para o sistema que conhecemos perpetuar, é necessário discordância entre as classes sociais, e isso, infelizmente, vem acontecendo com êxito. Com essa pandemia, ao invés de ter uma junção de ideias e unificação das classes sociais, há uma disputa irracional pela sobrevivência, havendo um falecimento como denominamos de seres racionais; não ajudando ou pensando-nos mais necessitados que façam parte da mesma esfera social, agindo como seres irracionais e carregando o pensamento que tais atos barbárie são aceitáveis de cometer.

“A classe que domina os meios de produção é também a que domina a superestrutura política e ideológica, fazendo com que a exploração que ela exerce não seja percebida como tal pelos dominados. Sempre que a classe trabalhadora assume para si o discurso dominante da burguesia de que a desigualdade social seria natural e eterna, ela produz uma “falsa consciência” da situação de classe”. Dizia Karl Marx.
